Primeira turma do curso personalizado

It’s a beautiful day to start over

Estiver ausente do blog por algum tempo e hoje parece um bom dia para recomeçar. Tanta água passou por debaixo da minha ponte da vida.

Em 2015 eu decidi trocar de carreira e comecei este blog por diversão e por afeição a culinária. Agora em 2019 eu já estou com uma nova carreira em desenvolvimento humano e coaching, mas decidi olhar com mais carinho pra esse dom que tenho com a comida.

Admito que, pra mim, parece a coisa mais louca desse mundo falar e estudar sobre comida. Já para os amigos mais próximos só escuto “nossa, isso é a tua cara, adorei!”.

Cooking is fun

Ontem foi um marco importante na minha história pois foi a data do primeiro curso privado de culinária que ministrei.

Tive o prazer de ensinar duas receitas muito queridas para três amigos muito queridos. A primeira foi o homus que o marido e eu já sabemos fazer de olhos fechados. A segunda tenho um carinho especial, pois foi parte do cardápio do meu casamento: bife ancho com batatas gratinadas.

Ready or not here I come!

Devo admitir: não me preparei muito para o evento. Mas percebo que na realidade me preparei a vida toda para isso. Aprendi a perceber melhor minhas emoções e pensamentos, aprendi a me comunicar melhor e continuei estudando e amando cozinhar durante todo o tempo que estava acordada. A professora de culinária já estava “instalada” dentro de mim. E foi impressionante misturar conhecimentos de coaching naquela aula com os rapazes.

Os alunos não poderiam ter sido mais especiais. Grandes amigos que sempre admiraram minha comida. Fiquei morta de orgulho quando eles entendiam minhas explicações!

Um palito de cenoura bem cortado? Usou o mandolin sem se cortar? Limpou a bancada quando sujou? Usou a espátula para garantir que todo creme saísse da panela? Gente, sucesso!

Foi lindo ver todo o processo acontecendo e ver aqueles homens saindo da zona de conforto com classe. A parte das boas risadas e vinhos, tivemos uma excelente refeição.

O bife ancho estava no ponto certo, as batatas coradas e com um riquíssimo molho, o homus aveludado e o coração quentinho de assistir tudo isso de perto e sentir o alimento juntando aquelas pessoas queridas.

Obrigada Daniel, Otávio e Augusto pela confiança, que nos encontremos numa próxima com um chimarrão em uma mão e uma receita mirabolante em outra.

Primeira turma do curso personalizado de culinária do Comida que Abraça

Como eu me sinto quando…

Inspirada no clássico site do “Quando Me Sinto Quando”, aliado aos posts do Além do Cabelo publicados todas as quartas-feiras, compilei alguns gifs que me lembram quando como me sinto quando estou cozinhando!

Vamos lá!

Começo a receita de qualquer bolo e quebro os ovos de um jeito inusitado.

Quebrar um ovo com apenas uma mão? Pssss eu quero dois ovos com duas mãos!

Leio uma receita complicada e fico pensando se o livro está me insultando…

Faço um bolo e não meço muito bem a quantidade de massa com o tamanho da forma.

Eu erro a receita e acabo queimando algo 😦

O stress de cozinhar

Alguém faz um comentário desnecessário sobre meus métodos culinários.

Mas faço isso mentalmente

Corto uma cebola perfeitamente – e sem chorar!

Faço uma refeição para várias pessoas, com vários pedidos especiais

O meu é sem cebola! O meu é com limão! Eu quero sem pimenta! Pode tirar a salsinha? Tem mesmo que usar molho de tomate?

Entre outras situações!

Lembrando que o importante é cozinhar, sempre! 🙂

Tô na fissura dos vegetais!

Já faz um tempo que frequento feiras ecológicas aqui em Porto Alegre. O meu consumo de vegetais é prioritariamente orgânicos. Se você me conhecesse há 10 anos atrás não iria me reconhecer. Não porque agora eu como todos.os.vegetais.do.universo, mas porque quando eu morava com meus pais eu comia, tipo, quase ZERO, vegetais, legumes e frutas. O pouco que comia era tomate, laranja, abacaxi e tangerina. E deu.

Minha cara quando a mãe pedia pra comer tudo no prato. O bife já tinha desaparecido, ela tava falando dos legumes e vegetais. Dammit.

Hoje em dia ainda não como de tudo. Meus sentimentos ao mamão, à melancia, ao melão, à couve-flor e mais outros alimentos… Mas o importante é que melhorei – e muito!

Primeiro foi a moranga, que me apaixonei de cara porque é docinha. Depois veio a banana prata/catarina, também docinha. Aí encontrei a maçã fuji, a mais adocicada. Ok, dá pra perceber um padrão, não é?!

Aí a coisa melhorou, bastante. Atualmente tenho me surpreendido comigo. E tô bem feliz assim 🙂 Cada vez comendo mais
coisas e variando a alimentação. Já tive a fase do suco verde, a fase da salada de cenoura ralada com maçã e shoyo, a fase do tomate descascado com sal e manjericão entre outras fases. O mais legal é que tô me puxando pra fazer outras coisas. Agora tô numa fase de comer banana, morango, abacaxi e granola sem glúten no café da manhã ou arroz e feijão com couve refogada. Couve. Couve, gente!! Se a Karina de 17 anos encontrasse a Karina de 27 anos acho que ela tomaria um susto. E que bom!

Berenice, segura!

Nesse ano fui apresentada a limpeza de fígado e vesícula. É um tratamento da medicina alternativa. Nesse tratamento é preciso fazer uma dieta vegana por 6 dias. No começo achei que fosse difícil e a cada ciclo que passa acho mais tranquilo. Hoje é meu 5º dia da dieta vegana e estou muito tranquila. Tenho caprichado nos pratos. Nas primeiras vezes eu era meio monodieta, comida só batata, ou só polenta, ou só arroz com feijão. Agora está um pouco mais refinado. Acho que ontem à noite eu me puxei geral! Tinha arroz, feijão, couve refogada, farofinha feita em casa e banana frita. Me lembrou uma feijoada! Tava incrivelmente bom!

Eu admito que gosto de comer carne. Sou gaúcha e gosto de churrasco. Mas a verdade é que eu nunca tinha ficado uns dias sem comer carne e eu me sinto bem assim. Ainda não acho que estou pronta para ser vegetariana ou vegana, mas já percebo os benefícios dessa alimentação. E como faz nos dias em que não estou afim de comer vegetais, frutas, legumes, tubérculos? Não como, ué. Pra mim o fundamental agora é encontrar o equilíbrio. Esta é minha a meta daqui em diante. 

E você, já comeu seus vegetais hoje? 

Com qual livro eu vou?

Gosto de ler. Sempre gostei. Uma vez me disseram que isso é fundamental para quem faz direito. Quem fala isso não lembra que os livros de direito são loooongo e monótonos (já mencionei que sou advogada?!). Acho livros de culinária muito, mas muito mais legal 🙂

Como eu me sinto quando penso em ler todos os livros que quero

Tenho alguns livros de culinária. Um pelo prazer de cozinhar com o livro aberto, acho super charmoso. Hoje em dia isso é facilmente superado pela internet, mas eu ainda mantenho esse pequeno prazer. Dois porque sempre sonhei em ter uma biblioteca. Tipo a do filme da Bela e a Fera, sabe?

Sonho de criança

Mas me contataria com uma biblio mais singela

Três porque tem livros que são muito legais de ler. Um dos que mais gosto é o da Nigella Lawson. A paixão dela por comida é lindo de ver e de ler. Ela também fez vários programas de TV.

Musa!

Eu tenho o livro “Na Cozinha Com Nigella” e é incrivelmente charmoso. Tem receita fácil, super fácil e elaborada. Mas ela faz tudo parecer tão simples… No programa de TV ela já mostrou a despensa da casa dela que, honestamente, é meu sonho ter uma parecida. A ideia de poder cozinhar algo gostoso, rápido e fácil é um lema pra mim. Claro que sonho com o dia que farei um boeuf bourguignon a la Julia Child, mas a ideia de utilizar o máximo possível dos alimentos que temos em casa, evitando que alguns fossem para o lixo, é simplesmente linda, sustentável – e gostosa.

No livro ela não relata apenas receitas, mas tem pequenas histórias. Ela comenta bastante sobre as refeições que faz para os filhos e para amigos. Acho que é por isso que gosto tanto, dá pra sentir que tem uma história além das receitas. Acho que a parte que mais gostei do livro foi quando ela se entitulou “cozinheira” e não chef. Me identifiquei, sabe? Cozinhar é fazer comida gostosa em casa, com cara de conforto, que parece que te abraça. Não precisa ter finalização de restaurante, nem ter uma louça super elaborada, só tem que estar gostosa.

Ontem eu fiz um pequeno estrago no meu cartão de crédito. Esse ano comprei vários livros de culinária. Só ontem eu comprei 5 livros. Ainda bem que a maioria estava em promoção (salve amazon!), então a fatura do mês que vem não será tão pesada.

Geralmente tenho uma ideia do que vai ser o livro de culinária porque, admito, a maioria que compro são de programas de TV. Vejo as receitas na televisão e não resisto, quero ter todos os livros em casa.

Um dos que estou mais curiosa para ler é o livro chamado “Pequena cozinha em Paris” da Rachel Khoo. Estou curiosa porque vi pouquíssimo episódios, mas recordo que ela tem o “menor bistrô de Paris”, ou seja, a cozinha dela num apartamento minúsculo onde ela serve jantar para apenas duas pessoas por noite. Uma fofura e charme sem fim. Sem contar que ela faz tudo num fogareiro de duas bocas e um forninho pequeno, que até parece de brinquedo. Muitos créditos pra ela.

Outro que não vejo a hora de folhear é “Cozinha sem limites” do chef Gordon Ramsay. Esse livro não tem edição no Brasil, então um salve para os queridos portugueses por essa contribuição para minha biblioteca! Ramsay não é nem de perto carismático, mas o programa dele me deixou curiosa, bem como o fato do livro não ter edição no Brasil: simplesmente queria tê-lo.

Além desses, também comprei dois do Jamie Oliver. Existe muita gente que repudia este chef, mas eu gosto dele. Já tinha dois livros dele – pensei melhor e me dei conta que já são 3 – e comprei mais 2 livros ontem. Ao total são 5 livros do mesmo cara. Pra mim isso só significa que: 1) ele é muito carismático, 2) as receitas dão certo, 3) o cara sabe vender o seu peixe. Ele tem vários restaurantes e não para de criar novos programas de televisão. Quem é chef profissional pode dizer que ele não se preocupa tanto assim com a comida (já ouvi esse tipo de comentário), mas como eu cozinho em casa, para amigos e família, o cara é bom e seguirei comprando os livros dele.

Ontem comprei “Comida caseira” e “Economize com Jamie”. O primeiro não tenho ideia do que tenha de receita. Fiquei curiosa porque minha irmã comprou esse livro no EUA em janeiro, quando nem tinha edição no Brasil. Curiosidade é o que move o mundo, minha gente!

O segundo admito que comprei depois de ver apenas um episódio do programa onde ele faz tipo um wrap com carne assada de carneiro. Babei geral e quis muito ter o livro livro, tipo, .

O último do lote foi o “Bela cozinha” da Bela Gil. Tem aquela pegada super natureba, mas vendo o programa dela fiquei com vontade de fazer algumas receitas, especialmente o milk shake de chocolate – que não vai leite. Admito que tem muitas receitas nesse livro que nem chegarei perto. Só que já faz um tempo que eu o namoro e depois de ver que o livro estava com um bom desconto na Amazon, resolvi colocar no bolo e correr pro abraço.

Um último livro que gostaria de comentar é o “Todas as técnicas culinárias” do Le Cordon Bleu, o instituto culinário mais foda de toda a França, e quiçá, de todo o mundo. Esse sim foi uma pedra no cartão de crédito porque custou mais do que todos os 5 livros juntos que comprei ontem.

Sonho que um dia farei um curso lá, não necessariamente para trabalhar em um restaurante, mas para ter o prazer de saber fazer tais comidas. Enquanto esse dia não chega, comprei o livro para aprender algumas técnicas. Às vezes o livro é um pouco simples demais, não explica muita coisa, mas acho que é o que dá pra passar por um livro… Ainda assim, é um livro que adoro folhear. E sonho com o dia que saberei executar a maior parte das receitas e técnicas porque cozinhar é bom demais!

Novidade: sou a mais nova colunista do jornal Mesa de Centro!

Eis que nasceu uma linda parceria com o Mesa de Centro, o melhor jornal de Farroupilha/RS. Sou a mais nova colunista da seção de culinária!

O início não poderia ter sido em uma edição mais especial! Minha estréia foi na edição de 1 ano do Mesa de Centro ♥

Para quem não mora em Farroupilha (tipo eu) aviso que o jornal tem edição online no site do Mesa. Você pode ler o jornal completo clicando aqui.

E a matéria da Comida que Abraça você lê aqui!

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É tanta felicidade que mal cabe no peito!

Os melhores cookies que já comi

Faz uns dois dias que chove sem parar em Porto Alegre. E a previsão é que chova ainda mais.

E se tem uma coisa que combina com dia de chuva é dormir cookies! É fácil de fazer e MUITO, MAS MUITO gostoso de comer. Bônus para o perfume maravilhoso que fica na cozinha e na casa ao assar os benditos. É melhor que cheiro de grama cortada, loja de shopping ou banheiro recém limpo.

Como me sinto quando sinto cheiro de cookies assando

A primeira vez que fiz esses cookies foi há uns 8 anos atrás com a minha querida amiga Nathália. De hoje pra cá eu adaptei um pouco a receita e os biscoitos ficaram ainda mais gostosos! Só sei que eu amo esses cookies, os melhores que já comi 🙂 

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Em breve novidades!

Estou me remoendo por dentro para contar, mas esperarei o dia oficial para anunciar uma novidade!

Só digo que envolve palavras, fotos e comida! Um trio ternura que eu quero cultivar por muito e muito tempo! Combinado com uma linda parceria que certamente renderá lindos frutos! ♥

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Ah, também envolve essa receita de cuscuz marroquino 🙂

Prepare o garfo e a faca!!

Fácil de fazer e MUITO gostoso de comer: hambúrguer artesanal

Está cada vez mais crescendo a ideia de que hambúrguer de fast food a la Mc Donalds está ficando para trás. Pelo menos eu sou desse partido! O hambúrguer artesanal veio para ficar. E seja bem-vindo! Pois coisa boa é comer uma carne suculenta, com queijo derretendo, acompanhado de uma crocante fatia de bacon. Ah, bacon… Pra mim hambúrguer tem que ter bacon. Obrigatoriamente. Mandatoriamente. Para sempre. Troco até o queijo por bacon – sim, pasmem -, mas um dia eu conto porquê.

And I’m so proud of you!

Movida pelo desejo de fazer um saboroso hambúrguer parti para mais um desafio: um gostoso hambúrguer feito em casa. Admito que foi muito, mas muito fácil fazer. O segredo está em misturar carne bovina e suína. O resto deixa a imaginação solta para criar! Por aqui rolou pastinha de gorgonzola, cebola caramelizada e bacon – obviamente. Acompanhado de uma cerveja bem gelada, foi a primeira refeição que servi para meus sogros na minha casa e eles gostaram! Pois então, aqui está o bacon hambúrguer tão gostoso que parece que abraça.

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O galã da noite

Devo admitir que ficou MUITO bom. O melhor foi que sobraram vários bifes que foram congelados e resgatados em noites de preguiça para cozinhar. Ponto para o nosso amigo freezer! OBS – malandragem da Kari: quem for o primeiro a comentar aqui no blog e compartilhar o post no face será convidado a jantar comigo exatamente essa iguaria! Com direito a um acompanhante. Partiu?

Meu everest: frango inteiro assado

Este ano tem sido um ano de intensas mudanças. Para começar essas mudanças nada melhor do que um grande desafio. Pra mim isso se traduz em: frango inteiro assado.

Se você leu meu primeiro (e querido) post, vai lembrar que comentei sobre o frango assado da Vó Alminda. Se você não leu, pode ler clicando aqui.

Frango assado tem sabor de infância. Quando eu era pequena sempre brigava pela coxa. Hoje em dia gosto mesmo é da sobrecoxa, acho que é a maturidade falta de vontade de brigar mesmo.

Não, eu não quero me mexer.

Para vencer o meu Everest foi preciso apenas manteiga, sal, pimenta, alho e um limão na “bundinha” (*ui*) da ave. Bem mais fácil do que eu imaginava. Depois de 1h30 no forno a 180ºC eu me tornei uma vitoriosa! Pena que não tenho (ainda) uma bandeira, assim poderia ter ficado ela no topo. Afinal, não é todo dia que se escala uma das maiores montanhas do mundo.

Meu everest
“Prazer, Everest da Karina” (Frango)

O começo, o meio e o …?

Oi, mundo!

Começando pelo começo: como surgiu a vontade de cozinhar?

Lembro que quando eu tinha uns 9 ou 10 anos voltava no colégio com fome e cozinhava algo sozinha. Tudo bem que era miojo, mas isso não tira o glamour da minha lembrança. Minha mãe sempre cozinhou para a minha família. Ela não segue receitas e eu acho isso admirável. Minhas avós também eram exímias cozinheiras. Era tudo comida simples, mas até hoje ninguém bate o macarrão com nata frita que a Nona Altrudes fazia, nem o frango assado da Vó Alminda. Minha mãe faz o melhor feijão preto com caldo bem grosso e minha irmã capricha em vários pratos. Pra mim os cupcakes dela são os melhores, especialmente o de limão siciliano.

Então é fácil saber onde começou: é coisa hereditária.

Eu diria que o meio aconteceu na metade da faculdade. Foi quando comecei a arriscar pratos na cozinha. Antes disso eu só cozinha “pratos de adolescente”, de acordo com o meu querido cunhado.

E o fim? Esse eu não quero conhecer! Que a minha curiosidade culinária continue para sempre acesa, pois cozinhar enche meu coração de alegria.